Projetos

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Projeto> Intensidade Natural
 Trilhas & Acampamentos
"CONSCIENTIZAÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL A PARTIR DE UMA VIVÊNCIA PRÁTICA"
Atividades como trilhas e acampamentos podem, se bem direcionadas, nutrir grande significado nos dias atuais, especialmente no que diz respeito a uma virtuosa educação moral. Destarte, elas podem significar algo além do típico programa alternativo com objetivos de “sair da banalidade do dia a dia ou para passar o tempo vasgo”; esta tendência perpetua-se na mente dos ditos indivíduos “normais” (normativos) dos nossos dias, e tende a propagar-se de geração em geração. Quando me refiro ao termo normal, relaciono-o à ideia de “norma, padrão, padronização”; é de se admitir que vigore na educação contemporânea (formal e informal) toda uma coesão com objetivos de modelar o homem de maneira que ele se torne cada vez mais indiferente à existência como um todo: indiferente em relação à natureza, tanto a interna quanto a externa. Cada vez mais o ser humano configura-se como um ser, além de tudo, apático e ignorante com relação a própria natureza que lhe é interna e da qual nasceu, como também cada vez mais distante e fraco frente a selvagem e poderosa natureza que lhe é externa.
Mais que uma simples mudança no dia a dia, organizar uma trilha ecológica pode nutrir grande valor, primeiramente por ser de baixo impacto, tanto para os indivíduos inseridos na atividade como também para o meio ambiente visado; uma trilha pode ser realizada por pessoas de diferentes idades, desde crianças a idosos, mas o organizador deve mediar o percurso visado e contrapô-lo às dificuldades esperadas com a faixa etária de seu grupo. Geralmente trilhas são atividades gratuitas, quando se é cobrada uma taxa para adentrar determinado local, o objetivo da cobrança é manter a manutenção do próprio local, como coleta de lixo, reflorestamento e vigilância; por isso não me oponho a este tipo de cobrança, desde que efetuado o procedimento correto para os cuidados com o local. Geralmente também há cobrança quando as trilhas são organizadas por empresas profissionais que trabalham diretamente com turismo e turismo de aventura (este é o caso dos Irmãos em Trilha e do AC2 Tur aqui na PB); estas empresas podem proporcionar atividades tranqüilas, fornecendo no decorrer dos percursos informações (históricas e científicas) muito importantes a cerca dos locais visitados; alguns destes grupos podem fornecer também serviços extras na linha esportista como rapel, escalada, etc. tudo com a maior segurança e profissionalismo possível. As trilhas e campings que organizo junto aos outros Cães e Raposas do Planalto não são, de forma alguma, profissionais, e sempre deixo isso muito claro antes de qualquer empreitada; justamente por isto me considero um aventureiro e simplesmente: procuramos emoções, descobertas, conquistas e vivências onde pode, da mesma forma, existir tragédia.
Desta forma, adentrar a natureza selvagem pode ser uma experiência muito significativa no processo de sensibilização do homem, lembrando que esta palavra (sensibilização) é mais do que aparenta. Quando se é pensado, hoje em dia, nos arquétipos clássicos de representação do homem primitivo/rústico (índios, celtas, vikings, gregos, etc), pensa-se por consequência na ideia de indivíduos que eram naturalmente (moralmente) interligados ao mundo natural, e isto foi consequência direta de um efetivo processo de sensibilização vivencial (relação direta com o mundo a sua volta), como também educativo (formativo). Tente imaginar o mundo antigo, e todas as dificuldades pelas quais o homem desta realidade detinha; não existiam antibióticos, nem energia elétrica mecanizada, nem máquinas que substituíssem os animais na locomoção, as armas eram rústicas e consequentemente só aqueles com técnica e poder fisiológico conseguia utilizá-las com eficácia. O homem da antiguidade (e não somente) estava literalmente inserido numa realidade selvagem, visceralmente interligado à natureza; dependia de maneira direta dos seus instintos, sentidos entre as várias aptidões naturais para a sobrevivência, como também dependia diretamente da natureza que lhes era externa e determinante para a sobrevivência. Isto justamente significando que ele estava fincado num processo de vivências, pois a cada dia, a cada minuto de sua existência, tinha de se deparar com a ameaçadora escuridão e “todos os seres” que por trás dela lhe observavam; as mudanças constantes nos céus e no clima poderiam ceifar sua vida, se assim os deuses o quisessem, por isso era temerário nas orações, súplicas e oferendas.
Neste caso, cogito a ideia de que tanto trilhas quanto acampamentos, de certa forma, revivem minimamente estas condições de relacionamento viscerais, rústicas e antigas; despertam os sentidos adormecidos em decorrência das ameaças, fortalecem os corpos pelas dificuldades encaradas, criam e fortalecem laços de amizade entre os participantes pelas experiências em grupo: reaproximam o indivíduo humano, seu respeito e devoção, pelo mundo natural e pela própria existência. Mas claro, não é todo mundo que possui a devida sensibilidade e condição moral para ser inserido neste gênero de programação que, pessoalmente, tenho em alta estima. Já passei por maus momentos e fui obrigado, por questões éticas, a reprimir seriamente “impulsos homicidas” em decorrência de convidados que deveriam ter sido evitados de antemão; e que na verdade, não deveriam nem ter nascido. Da mesma forma não foram poucas as vezes que chegamos a lugares Divinos profanados por estas verdadeiras bestas humanas; garrafas quebradas, latinhas e lixo de toda espécie eram jogadas sem nenhuma moderação (o que estes imbecis tem na cabeça?). Os últimos recantos de beleza natural resistem à invasão caótica do mundo industrial humano como podem, mas, ainda assim, somos nós aqueles que possuem a opção de tentar resguardar por estes locais tão sagrados, poderosos, e cada vez mais raros. Independente dos organizadores e instituições responsáveis pela organização das trilhas e acampamentos, o importante e contribuir significativamente para uma conscientização ambiental e para a educação moral dos participantes.




Projeto>Árvores pela Vida
"EDUCAÇÃO SÓCIO-ECOLÓGICA E ARBORIZAÇÃO URBANA"



A urbanização, cada vez mais, configura-se como uma realidade profanada, expandindo-se brutalmente a cada instante, consumindo de maneira devastadora toda e qualquer manifestação natural em prol de exigências humanas desmedidas e inconscientes. Atualmente, o processo de destruição das florestas atinge mais da metade das matas nativas a nível mundial, segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). As principais conseqüências deste processo de devastação são: a destruição da biodiversidade, o genocídio étnico das nações indígenas, a erosão e empobrecimento dos solos, enchentes e assoreamento dos rios, a desertificação das áreas desmatadas, a elevação das temperaturas como também a proliferação de pragas e doenças. Se você já sofreu ou está sofrendo por uma destas causas, simplesmente não culpe as instituições políticas, pois você, enquanto ser humano, também é responsável direto pela presente situação que o planeta se encontra. Simplesmente resguardar pela integridade das florestas nativas, em maior ou menor medida, não altera a atual condição parasítica que o ser humano se encontra. “Porque não tentar reverter esta situação através da educação, do consumo consciente e sustentável juntamente com o ativismo ambiental?”; tal questão resumiria os esforços de qualquer verdadeiro ativista ambiental. Desta forma, somente através da práxis e do trabalho em prol da formação de um cidadão consciente para com as suas responsabilidades, torna-se possível reverter os caminhos tomados pela humanidade.  O projeto “Árvores pela Vida” é uma iniciativa sem fins lucrativos do núcleo de aventureiros/mochileiros Cães & Raposas do Planalto, juntamente com o Castro Drúidico da Paraíba (Brigaecoi). A organização é, basicamente, composta por professores e ativistas ambientais e interessados. As ações deste projeto visam a educação sócio-ambiental para a formação de um cidadão consciente de seus deveres, como também a arborização urbana direta, não descartando a extensão destas atividades para áreas do interior.

Árvores significam qualidade de Vida, e sem elas não existiria Vida; veja aqui não um, mas vários motivos para se plantar muitas árvores

_Uma arvore adulta pode absorver até 250 litros de água por dia; imagine quantas enchentes e alagamentos seriam evitados ou pelo menos minimizados se nossas cidades fossem mais arborizadas.
_Uma árvore pode transpirar através de suas folhas até 60 litros de água por dia, este valor liberado ajuda a equilibrar o clima da região – perceba a sombra de uma árvore é refrescante. O vapor liberado ajuda também a retirada dos poluentes do ar, ao exemplo do CO2 oriundo da queima de combustível por automóveis.
_Árvores também impedem a propagação de ruídos, por isso mesmo hoje em dia são utilizadas em cercas vivas para a criação de ambientes silenciosos; procure visitar um grande parque sinta a diferença.
_Árvores, em destaque as espécimes nativas, ajudam na manutenção da fauna da região (animais nativos); se gosta do canto dos pássaros, plante uma arvore e veja o resultado.

Por que plantar uma árvore nativa (da região)?

_O alimento fornecido pelas árvores nativas de uma região é exatamente o alimento procurado pelos animais desta mesma.
_Espécimes nativas dificilmente são exterminadas por pragas; a exemplo das Palmeiras do Açude Velho que estão sendo gradativamente destruídas por fungos.
_A relação entre nutrientes disponíveis, e os nutrientes necessários para a árvore, é harmoniosa.
_São árvores nativas que os pássaros nativos procuram para fazer seus ninhos. Já percebeu que em matas de Eucalipto houve-se poucos ou quase nenhum som de pássaros e outros animais?

Por que não plantar uma árvore exótica(estrangeira)?

_Por não possuírem predadores naturais espécimes exóticas podem se multiplicar sem controle, tornando-se assim uma praga, como é o caso do eucalipto, da algaroba e do fícus.
_Não possuindo boa relação com o ambiente, podem competir desigualmente pelo espaço, chegando até a matar as espécies nativas, como é o caso da Algaroba e da Leucena.
_A proliferação é descontrolada, como é o exemplo também da Leucena e da Algaroba, que em seu habitat nativo desenvolveram estratégias para produzir e germinar milhares de sementes quando encontram pouca água; mas onde o clima é seco apenas algumas sobrevivem. Aqui no Brasil, por ser um país de clima tropical úmido, todas as sementes encontram condições adequadas de sobrevivência, e o que se dá é uma disseminação descontrolada das espécies exóticas.
_Algumas espécies exóticas possuem raízes preparadas para absorver toda a água que encontram, como é o caso do Eucalipto, Fícus e Algaroba. Elas podem absorver a água de maneira a empobrecer o solo impossibilitando até mesmo o plantio de outras árvores. As raízes do fícus são tão agressivas que podem prejudicar encanamentos atrás de água.

Como plantar?

Ates de plantar a muda torna-se eficaz averiguar qual o melhor local para ela. Algumas espécies em seu habitat natural não aceitam sol, enquanto outras não aceitam sombra; umas tem preferência por locais úmidos, enquanto outras por locais áridos.  O sucesso do plantio está muito mais ligada às condições de luz, umidade e solo do que à técnica aplicada no momento do plantio.

Espaçamento – para uma orientação geral no plantio de várias mudas, indica-se um espaçamento mínimo de 3 m entre elas, para se respeitar o crescimento das copas.

Tamanho – Varia de acordo com o tamanho da muda; para mudas acima de 1,80 m 60 cm de largura; caso o solo estiver fofo, 60 cm de largura; caso o solo esteja compacto, faça uma cova cônica de 1m na superfície, 50 cm no fundo.

Adubação - A adubação pode variar com a espécie. O importante é observar que a adubação no momento do plantio, serve para que a muda enraíze mais facilmente no local. – ex: esterco de gado, curtido, ou composto orgânico ou esterco de galinha ou de húmus de minhoca.

Plantio – Retirar com cuidado a embalagem da muda para não desmanchar o torrão, cobrir o fundo da cova com terra misturada e adubada até que o torrão fique nivelado com o chão. Colocar a muda dentro da cova, na vertical, junto com uma pequena estaca de madeira (levemente amarrada com a muda) cravada até o fundo da cova. Completar a cova com terra misturada e pisar a terra em volta da muda; procure fazer uma pequena vala em volta da muda de maneira que ela possa captar água. Se a muda for plantada em local sujeito a depredação seria indicado utilizar uma grade de proteção.

Cuidados


Para poder cuidar bem de uma árvore é preciso respeitar suas preferências, por isso pesquise as características de cada espécie e não se deixe levar por noções de estética fúteis. Cultivar árvores exóticas ou espécies de biomas diferentes do local de plantio pode não ser uma boa idéia.  As características mais importantes para se conhecer é a altura, queda das folhas, frutos ou mesmo galhos e raízes da árvore em questão; quando pequena toda árvore é bonita e não incomoda ninguém, ao crescer ela pode soltar muitas folhas, flores ou mesmo destruir causadas, outras espécies possuem a copa muito alta, atrapalhando a fiação elétrica. O fim de uma árvore plantada sem nenhum cuidado é uma poda desastrosa, ou mesmo sua morte. 




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